quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Talvez seja tempo de me doar a mim mesma.

     Falar de amor cansa, às vezes. Sempre fiquei inspirada com os poemas de Pablo Neruda. Sério. Eles são apaixonantes. Mas são ótimos para épocas em que você está amando. E, se no momento, por um infortúnio da vida, você estiver sozinha e não amando ninguém? OBS: isso não inclui seus pais!
     Eu nunca, acho que desde a 5ª série fiquei sem gostar de alguém. Ok, amores impossíveis, amores platônicos, ex namorados. Esse último conta, os outros ... não preciso nem comentar. Eu continuo fazendo as mesmas coisas, lendo os mesmos textos que me ajudaram a superar algumas coisas que passaram e acho que ainda tenho mais tempo pra mim! Menos gente pra te encher o saco e te cobrar alguma coisa. Tá certo, não é assim.
     Hoje saí com uns amigos e descobri que estou super anti-romântica. É triste tá? Porque quando vi meu amigo escrever um bilhete pra garota que ele gosta, achei bem estranho. Não sei, acho que é vestígio de um ex seco. Não é de propósito. É só que algumas situações fazem amadurecer nessas questões. Infelizmente, você também pode mudar um pouco, não pra pior, mas um diferente não tão legal. Não fiquei contente com o que descobri.
     Sempre fui apaixonada por tanta coisa, pelas pessoas, pela vida. E não que isso tenha acabado, mas você começa a sentir o peso de sempre estar assim. As pessoas começam a achar que você é maluca e que deve entrar para o grupo de apoio Mulheres que Amam Demais. Só porque você sente prazer em viver, ama as coisas da vida, é feliz. Até porque, é normal as pessoas levarem um relacionamento só por levar, para não estarem sozinhos quando o dia acabar. Não é assim, eu não quero ser nenhuma dessas pessoas. Não quero amargura, nem descaso.
     Eu sei que sou impulsiva e posso me arrepender depois. Eu dou o que posso para quem está comigo. Não peço muito, não quero retribuição. Quero sentimento. O mínimo que eu peço é o essencial. Quero poder viver um dia de cada vez, uma estação por vez, um amor por vez. No momento, sei que não estou para ninguém. Mas quando estiver, eu quero viver e mergulhar novamente nos textos de Pablo.
  

Foi nessa idade que a poesia me veio buscar
Não sei de onde veio
Do inverno, de um rio
Não sei como nem quando
Não, não eram vozes
Não eram palavras
Nem silêncio
Mas da rua fui convocado
Dos galhos da noite
Abruptamente entre outros
Entre fogos violentos
Voltando sozinho
Lá estava eu sem rosto
E fui tocado."
Pablo Neruda

2 comentários:

Thaysa disse...

FÊ SUA ESQUISITA!
Fiz um blog novo, vai lá me prestigiar =D
E olha só, eu dúvido que VOCÊ esteja menos romântica, disso eu realmente dúvido. É só uma fase de 'amargura'.
Beijo e te amo!

Flor disse...

Justamente, é só uma fase ... que eu quero que passe logo.