segunda-feira, 7 de setembro de 2009

As melhores frases de um dos melhores livros .

É surpreendente como um livro pode mexer com o interior de uma pessoa ... alguns emocionam, outros frustam e outros ainda tiram todas as nossas forças e tornam os nossos problemas tão pequenos, que nos envergonhamos de se preocupar ao extremo com eles.

A Cidade do Sol.

Impressionante história de duas mulheres afegãs. Mariam e Laila. Um único marido. Duas gerações, dois meios intelectuais, uma Volga e outra um Mercedes numa comparação estúpida do marido. A princípio rivais, mas a opressão em que viviam a tornaram iguais e foi justamente na dor que elas se viram unidas. Ambas constroem uma relação de cumplicidade,  de carinho, de cuidado e de amor  extremo uma pela outra. Uma arrisca a própria vida para defender a sua amiga. A outra entrega a própria vida para salvar a  vida daquela que aprendeu a amar como se fosse a sua filha. Presas numa casa, elas cultivam valores de lealdade, generosidade, amor incondicional, valores de uma integridade indiscutível em contraste radical com a força brutal, desumana e discriminatória do seu marido e do regime do talibã. É uma história de ódio, mas também de amor. Do amor de infância que atravessa os anos e vence a despeito de toda a força contrária.

"Ali o futuro não contava. E o passado só continha uma certeza: o amor era um erro nocivo, e sua cumplice, a esperança uma ilusão traiçoeira. E onde quer que brotassem estas duas flores venenosas, Mariam as arrancava. Arrancava e jogava fora, antes que criassem raízes."

"Assim como uma bússola precisa apontar para o norte, também o dedo acusador de um homem sempre encontra uma mulher à sua frente. Sempre. Nunca se esqueça disso, Mariam."

"Você pode ser tudo o que quiser, Laila jan."

"De todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples fato de esperar."

"(...)Mariam acenou carinhosa. Dobram a esquina e Laila nunca mais voltou a vê-la."

"Pela última vez, Mariam fez o que lhe mandaram fazer."

sábado, 5 de setembro de 2009

Ah, Charles ...


     Nunca achei que minha visão sobre filmes poderia se expandir. Charles Chaplin? Pior! Antes de conhecer, achava que aquele carinha esquisito e mudo só sabia fazer caras e bocas e andar de um jeito engraçado. Apesar de tudo, minha professora de história teve a ideia de passar o filmes 'O Grande Ditador' para a nossa turma, época de vestibular né.
     Acho que todos, uma vez na vida, deveriam assistir os filmes do Charles! São incríveis, brilhantes! Em tempos como aqueles, de guerras e censura, o mundo se abriu, sem querer, por não entender a mensagem que ele tentava passar.

"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódios e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)